Olá leitores,
Hoje é dia de entrevista e com uma das minhas autoras favoritas. Fiquei muito feliz quando ela aceitou responder as perguntas, é muito importante e empolgante também. Recentemente fiz a resenha de um dos livros dela, A eternidade de um instante. e lá falei tudo o que senti quando li o livro, todo o amor envolvendo aquele romance arrebatador e apaixonante que me deixa com um sorriso bobo no rosto.
Começou com uma parceria, e enquanto lia me encantava pela escrita da Bia, é algo que dá para ver que ela faz com todo o coração e lendo as respostas dela isso só confirma e é muito lindo ver todo este amor envolvido.
Eu já sou super fã dela e quero ler muito os outros livros e a continuação de A eternidade de um instante.
Agora ficam com a entrevista;
1- Como surgiu a história A
eternidade de um instante? Qual foi sua
inspiração para começar?
Quem
surgiu primeiro foram Caio e Lavínia. Eu sabia que queria escrever a história
de um casal que se amava desesperadamente, mas que lutava muito para ficar
junto. Sabia quem era ele e quem era ela, mas não fazia ideia de mais nada.
Isso foi em 2013. Olha quanto tempo demorou para eu descobrir exatamente para
onde a história iria me levar. Sempre que eu penso em um livro, idealizo algo,
eu deixo a história maturar até ficar redondinha na minha cabeça. Tenho livros
que idealizei com 16 anos e até hoje não foram escritos; estão apenas
aguardando sua hora. Eu só inicio um livro quando sei tudo sobre ele. Claro que
muitas coisas vão surgindo ao longo da escrita, mas começo, meio e fim têm que
estar idealizados.
2- Quando começou a escrever já
tinha em mente a história e o final? Era planejada a ideia de uma duologia?
Quando
comecei a escrever, sim. Na verdade, como a história da maldição era algo
complexo, eu me propus a somente começar a colocar o texto no papel quando já
tivesse a solução para o "problema". Sobre a duologia, não. Só que o
roteiro foi me mostrando que seria um livro muito grande, primeiro porque eu
queria construir o início do casal com cuidado para que as pessoas se apegassem
a eles; e depois eu queria que a sensação das separações e dos anos que se
passam dessem a sensação de serem mesmo longas, para que o leitor se cansasse
junto com eles e sentisse saudade. Tudo foi muito bem pensado nessa história,
por isso que eu tenho tanto orgulho dela.
3- Como é ler as resenhas dos seus
livros ou quando alguém lhe manda uma mensagem dizendo o que achou do livro?
Qual a sua reação? Isso te inspira?
Essa,
sem dúvidas, é a melhor parte do trabalho, especialmente quando se trata de um
leitor novo, alguém que não conhecia meus livros. Só que com A Eternidade de um
Instante foi um pouco diferente, porque este livro foi muito especial. Eu
chorei a cada comentário, a cada resenha. Cada pessoa que me dizia o quanto
estava gostando foi me incentivando a continuar o segundo volume, tanto que
mais uma vez eu o escrevi bem rápido. Foram dois meses para um livro de quase
600 págs.
4- Nos agradecimentos de A
eternidade de um instante você disse que escreveu em 45 dias, conte um pouco
como foi seu processo de escrita.
Foi
a coisa mais doida que já aconteceu na minha vida. Eu criei o roteiro inteiro,
de 50 capítulos em uma madrugada. Pelo tamanho, logo decidi que seria uma
duologia. Quando comecei a escrever, eu simplesmente não consegui parar. Quando
saía do computador, por volta das duas da manhã, eu ficava acordada até as 4,
porque Caio e Lavínia não me deixavam em paz, dando ideias de cenas, contando
coisas o tempo inteiro. Acordava e ia direto escrever. Na reta final do
primeiro volume, eu estava terminando dois capítulos por dia, escrevendo mais
de 10.000 palavras. Era como se eu precisasse colocar tudo aquilo para fora.
Tanto que quando terminei o primeiro volume, eu dormi um dia inteiro, porque
este livro me sugou muito. Ao terminar o segundo, mesma coisa. Foi uma
experiência muito, muito diferente, quase sobrenatural.
5- Qual foi a parte mais complicada
ao escrever A eternidade de um instante, na sua opinião?
Acho que a parte mais difícil foi
me desligar deles, do casal. Tanto quando precisava parar de escrever para
fazer outras coisas quanto agora, que terminei os dois livros. Outra coisa
também – não que tenha sido difícil, mas foi um desafio −, foi a
responsabilidade de contar essa história da forma como eu queria que fosse
contada. Não queria que acontecesse de qualquer jeito, que eles se apaixonassem
num piscar de olhos... Queria que as pessoas se apaixonassem junto, que
torcessem. Eu quis dar vozes às pessoas ao redor deles, que ninguém ficasse de
fora.
Ah! E como é um livro com uma
passagem de tempo muito grande, a cronologia também deu trabalho. Questões de
fuso horário no segundo volume (vocês vão entender), além do fato de o livro
começar em 2010, então, as músicas escolhidas para a Lavínia cantar precisavam
já ter sido lançadas, algumas questões de aplicativos que precisei pesquisar,
além de outras coisas. Sei que 2010 passou há pouco tempo, mas lembrar com
precisão é difícil.
Sempre. Eu escrevia livrinhos com
uns 8, 9 anos. Pegava papel ofício, fazia as ilustrações e grampeava, levando
para o colégio. Meu primeiro livro "sério e adulto" (como eu gostava
de chamar) foi escrito com 14 anos, mas é vergonhoso, juro. Está guardado em
uma gaveta e vai continuar lá, até que eu decida dar uma nova chance para ele.
7- Além de A eternidade de um
instante, você escreveu alguns contos e uma trilogia, e mais alguns livros. Não
sei se são todos no estilo suspense romântico, uma novidade na literatura o que
é incrível. Ainda pensa em escrever mais livros? Pretende abordar mais gêneros literários?
Eu
não consigo parar de escrever, tanto que terminei a duologia e já estou criando
o roteiro do próximo. Eu amo suspense e amo romance. Mesmo que não haja uma
investigação policial propriamente dita, sempre coloco algum mistério na
história. Sobre outros gêneros literários, ainda não sei. Gosto de fantasia
urbana, distopia, mas se isso acontecer, não pretendo mudar drasticamente,
apenas brincar um pouco dentro do que já faço.
8- Se
você pudesse entrar e viver em uma das suas histórias qual seria e por quê?
Eu sempre digo que meus livros
preferidos são os mais recentes, então, eu viveria, SEM DÚVIDAS, em A
Eternidade de um Instante. Eu adoraria ser amiga do Dennis, cantar com a
Lavínia, rir com o deboche do Caio... Seria uma delícia.
9- Dá para perceber em A eternidade
de um instante que você é apaixonada por música, trilha sonora, playlists, qual
ou quais são suas músicas favoritas ou que são marcantes para você?
Eu tinha banda, então, música é a
minha vida. Só que você é muito malvada perguntando qual a minha música
favorita, porque isso é impossível de responder. Posso dizer que eu sou fã de
rock e que minhas bandas favoritas são: Evanescence, Nightwish, Alter Bridge,
dentre muitas outras, mas eu tenho uma amiga minha que fala que eu sou tão
eclética que vou de Tchutchuca a Tchaikóvski, por isso, ouço de tudo. Se a
música atrair minha atenção, se meu coração bater mais forte, não importa o
gênero.
10- Muito obrigada por participar
desta entrevista Bia, amei te conhecer e saber mais sobre seu trabalho, quero
dizer que você tem muito talento, de uma forma linda você escreve com o coração
e de toda sua alma e isso é lindo, parabéns. Deixe uma mensagem para aqueles que
ainda não leu seus livros e também para os seus fãs.
Assim eu fico emocionada <3. Você não sabe o quanto
significa ler uma coisa dessas.
A mensagem que eu
posso deixar é que continuem lendo, que continuem se perdendo nas histórias que
encantam seus corações, sejam minhas ou de outros escritores. Os livros nos
salvam. Os meus me salvam todos os dias. Que as jornadas de leitura sejam
sempre inesquecíveis!
Jady!
ResponderExcluirGosto muito de entrevista com os autores, porque podemos conhecer um pouco mais sobre a vida e sobre o processo criativo e aqui não foi diferente.
Fiquei espantada em como ela é organizada e como escreveu rapidamente a duologia, deve tê-la esgotado mesmo e já está com novo roteiro... uau!
Desejo o maior sucesso!
cheirinhos
Rudy